Acabei de ler isto no JN...

"Hoje presenciei uma situação que me deixou mal disposta, inquieta, enojada e envergonhada. Na minha viagem matinal de metro vejo um rapaz completamente "alterado" (drogas? álcool?) coberto de sangue, sem camisola, a perseguir outro até dentro do metro, a bater-lhe, a ameaçar todos os outros passageiros (e éramos muitos) que "quem falar leva também!", constantemente a esbofetear o outro rapaz que, entre lágrimas mal disfarçadas, ia respondendo ao que ele lhe perguntava.


Ninguém foi capaz de ajudar o rapaz já coberto de sangue (seu? Do outro?) que obviamente precisava de ajuda... Os espectadores continuaram a ler os seus livros, a ouvir o seu MP3... Mas sempre com um olho na acção que se desenrolava na tela, peço desculpa, na vida real!

De repente, um senhor, já dos seus 60 anos, levantou-se e foi defender o agredido, ordenando ao covarde que parasse, ao que ele respondeu: "Se não fosses velho também levavas"...Encontrões, toques rápidos e pelo menos o outro rapaz teve algum descanso.

Éramos dezenas e só mais uma pessoa se levantou para ajudar o senhor "velho", como ele lhe chamou...

Havia uma funcionária com roupa identificativa do metro presente e nada fez... O motorista (que mais tarde viemos a saber que estava a ver tudo de dentro da cabine) não parou o metro... Não chamou a Polícia...Nada!

Numa das paragens seguintes o tal senhor lá o empurrou para fora da carruagem, não sem antes levar um murro na cabeça e uma cuspidela. Mas aguentou-se e manteve-se na porta até esta fechar.

A funcionária que também presenciou tudo aproveitou a deixa e saiu nessa estação também.

Alguns metros à frente o motorista parou o metro e veio perguntar ao rapaz se queria chamar a Polícia e se estava ferido... Mas o que é isto? De dentro da cabine ele já deveria ter chamado a Polícia e a segurança, ter avisado a que estação estava a chegar e só abrir as portas quando estes estivessem lá... Não é preciso ser um génio para perceber que isso é o que deveria ter sido feito!"